7 de abril de 2008

O olhar trespassado
sustenta-se
e replica
no exercer cego
da magia crispada
que se têm
na suspensão
do adivinhar crítico
em virtual
viagem de pólo a pólo
que marca o olhar trespassado.

Torna matéria.
Oprime.
É própria crítica.

Um estilo atenta
e representa
o campo de enunciado
em pose analítica
da(s) visibilidade(s) total(s).

(Como numa premeditação integrada.)

O olhar atenta
e sustém
no repente da agressão subtil
que se insinua
firme
em olhar que invade
do vazio insinuante.

O olhar sustém
e vê-se em contratempo
na esboçada invadida interrogação.

O olhar foca e fixa
esvaziado,
deixa-se,
distendido,
no corte da creditada impressão.

O olhar deixa
- qual aliás que jorra -
e sabe
o fogo do sol
que queima.

O olhar de máscara
sustém
o choque directo
do enunciado
que agride.
(emoção)

Besta do desconforto
entre dito
que transparece
num vislumbre
que regista,
que é confirmado.

Desconforto
d’um sondar
nos olhos abertos
fugazes,
infinitamente focalizados
numa atenção funda
que salta
em substante irromper.

que é:
contínuo enunciado
que corre surdo
e suspenso
e envolve (d)os sabores
entre saboreados.

O olhar evita
o reconhecimento partilhado
e representa
as sociabilidades tensas
dos espaços comerciais,
das organizações intencionais,
no comprometer
de representação mundana...

há um inevitável momento
do reconhecimento particular
que é partilhado
na representação
de um (in)contar
e é como enunciado
sombreado
em aderência(s) que desliza(m)
como máscara(s)
de civilidade tensa.
(enunciado primário)

O olhar de verbo
que marca no sujeito
e nos olhos do pueril orgulho
apenas é
os olhos no fantasma.
(objecto)

Os olhos abertos fixos
em esfíngica moldura
que se faz na exaustão
e esvazia de fixidez real.

(investida.)

...é como que contratempo
da bestialidade que ecoa
na oculta,
substante,
movimentação.

O olhar aberto
de exausto vazio
que
- em ensaio de (in)perturbação -
se deixa
por candura de não investimento
e representação consistente.

O olhar evita-se
de anterior próximo
registo partilhado
em sentido ressentido
de impressão anterior,
que ameaça,
na projecção espacial invadida.

O olhar seduz
na distância da distância
em entrega de solicitação solene.

- -De natura instintta –

Que é:
Um respeito que se têm na terra,
uma terra que se têm na espera.

O olhar da insistência
do fogo civilizado
da natureza (fêmea)
que em nada
rodopia
as coloridas correntes
condicionadas.

Caos (in)axial
(k) não integra
os condimentos
das carnes de consumo doce.

Corpos
que se têm desalinhados
no momento do pacto,
da reunião.

O olhar de agressão
no fogo que invade
de impressão
e apelo natural,
como submissão ensaiada
na premeditação
de uma marca maternal.

Instinto de um apelo lapidar
na certeza do fogo solar
que flui,
sempre subtil,
nos odores da imensidão caótica.

E que toma
(etéreo)
(evanescente)

a semelhança que se têm
na semelhança da diferença.

(impressão)

O Olhar procura
na força imperial
que subjuga e invade,
faz ;
da força insinuação,
e faz ;
da insinuação
magia,
e subjuga ;
na impressão creditada.

- confirmatta -

... é uma velha história
de manipulação axial
que ;
nesse correr imenso das eras
se torna
em operação desalinhada
das naturezas condicionadas.

Como um desfazar (d)o tempo dos ciclos
que se precipitam,
alheios,
em ensaios de conveniência virtual.

Empatia invulnerável.
Um reconhecimento de reconhecimento.
Uma vaidade espacial.

(temporal)

- algo que sacrificar a seu sacrifício -

O olhar de cá.
Agressão reconhecida
creditada no Ocidente
dos olhos cerrados,
marcados
de um percurso solar
que flui,
cego
(Ocidental),
na impressão que
(se) toma no levantar
da premeditação,
sentida (n)das ansiedades
da agressão subtil,
que se têm ;
nas contrariedades
da suspensa inércia,
como luxo do infinito negro
que implode de multiplicação.

Espaço invasor
que se projecta,
animal,
e é qual graça que invade
todo(s) o(s) lado(s) e
se faz em espaço
no ponto da conveniência instintta.

- espaços que regressam na vida -

Os olhos que perscrutam,
exacerbados,
em estado condicionado
que busca a impressão
social da diferença.

Elogio do olhar
que sonda a insistência,
árida,
liberta dos sistemas
que sempre impõe(m)...
e,
por fim,
o olhar que parte,
enlevado
das solicitações urgentes,
do reconhecimento natural,
partilhado.

O olhar de animalidade aberta
que busca o bem de impressão.

O olhar surpreende-se
na invasão tida,
na lisonja que descentra
em inquietação
d’um esfíngico fazer
que se domina
da sustentação contida.

Os olhos furtam-se
desse embate animal
no olhar contratado
das idades celestes.

Os olhos perdem-se
na noite
que fixa e refresca
em eixo que dilui,
solícito,
as multiplicações (in)determinadas
do voo vácuo.

São espaços (in)aderentes
da condição imposta
e que fluem
pelos olhos
da multiplicação caótica
como eixo d’amor invisivel,
indeterminado.

Uma aglutinação
cósmica que germina,
misteriosa,
pelos fundos
substantes do movimento.

- antes do movimento tabelado -

Movimento,
próprio movimento
de (in)condicionada produção.

O olhar perscruta,
analítico,
em vazio referir ao objecto,
como que clarifica
e furta da marcação
em inato germinar,

que é ;
torvelinho de trituração
de matéria que cintila
em preâmbulos de informação.

Momento bestial
da marcação inominável
q’implode,
surda,
em sopros de pesado pulsar
e alheamento do vasto tido.

(vácuo)

que,
em olhar do cimo
das cristas
da noite cintilante
preenche no olhar.

(lugar)

e,
ausente do estar confortado
do infinito fluir,

- o que são eras de nada e como não permanência infinita -

em eterno se expande e
preenche
nesse fluir noctívago.

O olhar assusta
em perseguição e assédio
a marca esfíngica
do poder
que promete descanso
e rios do condicionar,
negociado,
que acolhe
nos braços do aconchego...

- vennoso -

... ilude e aproveita
num modo de informar
cego
da(s) ironia(s)
e da(s) lei(s),
do(s) destino(s) traçado(s)
nas linhas da fuga programada
da desolação combustível.
... alimento
de carne e sangue
no olhar
que imprime e vêm
dessa visibilidade
de engenho esvaziada.

O som do saber dos céus
insinua-se
pelos mantos do negro
cintilante
que corrompe,
tritura,
destrói,
irradia,
em acto essencial de vontade e criação.

Intensa (i)limitação na infinidade que se sente,
cintilante.

O olhar trespassa
e fulmina da identificação...

substantte

nos olhos fixos cerrados
da crispação,
do estupor,
e que é;
como ponto (zero)
da informação essencial
q’ irrompe,

exacerbatto(a)

em magias da fixação
e da bestialidade transparecida,
informada.

O olhar d’alcance
atento,
fixo
em devastação
que tritura e oprime
na tentação

- coccenttizatta -

decomposta
por clivagens
postas
em analítica conversação.
que dilui,
coagula,
renova
em opressões da intensidade
que transporta mutações
do movimento
que envolve,
que levanta (os) planos
que desconsolam
no enlevar
vazio.

O olhar de alcance
atento
irradia
cego
as cosmicidades germinais.

O olhar de excepção
subtil
estende-se
em rede de innuendo,
num odor livre
de ligações
da libertação assistemática
e na excepção
que se revela

- Real -

em resoluções
exaladas
do(s) mundo(s) da dissolução.

...contínuo
diálogo que sonda
e ensaia
as mágica(s)
d’um fito de vénus
de vestes vendidas
e poder.

- tout court -

Os olhos da justificação
e do compromisso
(como má consciência que rema no vazio)
marginam um dizer
como em ponto
não previsto
que investe,
vitorioso.

As visibilidades penetram
essa couraça
como em cínico
e artificial
germinar da vingança
que implode no vasto fundo

- clivagem -

em surda beleza
que irrompe
conquistadora.

(objecto de histrião)


O olhar evita
baixo
a euforia (d)o enunciado surdo.

Dá-se ,
físico,
em visível manifestação
tida d’um dizer

(d’um dizer do fundo)

sistemático
que é ;
como breve ficção
do olhar fixo e fugaz,
e que é ;
como dizer do abismo
que irrompe
em jura
de continuidade fugaz
no momento
que desliza e fica...
ponto.

Verbo emergente
que confirma
(um) percurso finito
entre registo e creditação.

Cintilação suspensa
que corre
as prévias redes pontuais
na forma dessa visão atlântica.
(lápide)

Os olhos de esfinge
ignoram e castigam

- saqueiam -

qual objecto avassalador
nos olhos do buraco negro
insaciável
de nada.

Olhos de medeia
miragem
que enlouquecem
em ponto
lapidar de nada
e são
simples apelos verticais
da besta do oriente cego.

- linguagens -

Estátuas das histórias
dos olhos vazios;
das cintilações da loucura,
das eras,
dos abismos,
das margens,
dos rios,
das histórias...

O olhar virgem
do reconhecimento natural
é mistério
que se suspende
num espaço a vir
da tensão
que se distribui...

(como em prévia impressão original)

O olhar deixa-se
na crueldade
da impressão (des)investida
e é qual sanguinário Eros da futilidade.

Ali,
do outro lado
dos olhos da impressão (des)investida
está
o próprio objecto profundo dos olhos.

...e isto quer dizer;

que,
quando,
o objecto é profundo
nos olhos abertos,
a realidade,
que os olhos de impressão
focalizam
(no objecto)
é,
assim,
um profundo terror
ali,
do outro lado,
e de onde vêm,
a impressão
que se surpreende
e faz o animal profundo.

...é como magnitude suspensa
que se projecta,
derramada,
dos olhos da impressão (des)investida.

Os olhos abertos
insinuam o interesse
consolidado
no olhar de sedução
justificado.

Os olhos abertos
ilimitados
pensam os corpos
dos olhos abertos
insinuantes.

Os olhos abertos
cerrados
(i)limitados
fixam os olhos abertos
cerrados
fixos
efectivos.

Os olhos fixos
cerrados
vazios
em agressiva vertigem
que é qual radiação dirigida
que atinge
os olhos abertos insinuantes.

Os olhos do medo
que pára
e obriga ao tédio vazio

Os olhos do fino trato
vazio
que seduzem ao abismo
e incomodam
no fundo dos olhos abertos
insinuantes.

Um (in)axial saber
imediato
num troar
de insinuação aberta.

Os olhos abertos
fixos
vazios
da ausência (in)condicionada.

O olhar de perfuração
caótica
como intensa gravitação
negra.
(força)
no apelo surdo
que radicaliza de desconforto.

Os olhos cerrados
fixos
vazios
na efectividade
(in)condicionada e subjectiva
que agride
o vazio no corpo do objecto
e nos olhos feitos vazios.
(do objecto)

O olhar aberto
sistemático
na marcação feita
a espaços
que se abrem
nos olhos abertos
analíticos.

Espaço
que se desdobra
em descontinuidade
dos olhos abertos
luminosos.

Olhos de nome
repartido
que se recorta.

Os olhos atingem
o compromisso subtil
como em jogo emotivo
que corrompe o comércio aflorado.

Os olhos predadores
da selvática invasão
buscam o alvo,
sôfregos.
qual máquina que desespera
o impacto
e se rompe,
cega,
nos olhos do vazio.

O olhar do compromisso
agride em invariante
de agonia factual
e busca
o sangue da intenção
em sintonia de selvajaria firme
e falta que se suspende
onde se separam os olhos
do compromisso invariável.

(Os olhos do inesperado vazio.)

E os olhos deslizam destas faltas
que se insinuam,
voláteis,
no olhar que então procura.

São velhas imagens,
todos os segredos desvelados,
recantos antigos que são
como que câmaras de morte revelada.

N.R 04