Os espelhos assassinados.
Um fio
dos corpos,
oculta,
urgência,
(que)
cresce,
apoteótica,
flor,
nos sonoros actos duma abertura ampla,
dos corações tomados à chama do peito fixo,
em jogos do sentir os actos do suspiro baixo,
(monocórdicos monólogos da oração),
à maneira das encerradas almas morais num raio de luz em chama, oito, os prisioneiros da maré solta,
nos sulcos da terra,
no sincopar dos asilos,
nos passeios da pedra,
na direcção do pó,
do contacto,
em passo lento,
ao olhar em volta,
a voz, das resplandecentes visões da carne,
nos raios da terra,
da disposta pele do desejo,
ao sol da terra batida,
e na luz baixo,
em opostos da celebração,
por fixação dos contornos da delícia,
cantos da informação triste,
os castelos duma encenação crua,
saímos, pois,
de braço ao sol da manhã em saudações da melancolia
como os rios dum fluir vazio na voz do silêncio
acordado aos acordes das quimeras e nos passos em parada
das (quentes) linhas das momentâneas manifestações da suspensão,
o tecido da brisa sobe aos recantos da movimentação cuidada,
arestas dos tectos da luz distante nos assentos do vazio,
a um tornar do passo cai-se a atenção do movimento profundo
e a tracejada pele disposta em contraste ao olhar da arte da posição
faz rios dum clarão branco, perto isso, num mais uníssono
da carne em fogo ao tecer da direcção do desejo,
condição das eiras,
dos círculos da implantação,
dos dentes do centeio,
um outro que fica como as vozes em desafio,
à sombra do percurso
dos rios,
das alas frondosas,
dos recantos da terra fresca,
dos outroras,
das óptimas saudações do enclave,
dos maneirismos da cor,
das últimas sensações,
das degustadas violências na madeira,
veios, do corpo ascético,
surtos do ar solto e fundos fumos das espirais em subida, ficas, como a dor nos cravos da terra seca, sim, em traços da cortesia, sim, em restos da permanência, sim,
como a coloração das águas híbridas,
ou o seco sincopar dos interlúdios,
positivamente fito da luz plástica,
num assalto à matéria do mar,
nos cabelos da chama,
nas direitas frontes,
na suave e férrea condição do amor,
(pão do pão,
ritos da perdição,
no vão escuro,
do significado culto,
das lágrimas,
em retorno),
às secretas ausências laminais da pedra que são facas em sinfonias altas do pensamento obscuro, quer dizer, as sabáticas permanências do caos, estas signo vazio, das subidas de um ar, leve, traço, dos cantos duma génese perdida,
os
círculos
do
(valor em)
fogo,
das povoações ribeiras,
do sal,
todas as suas notas,
a viagem,
os salgados mares,
a última das significações,
em explosão de todos os engalanados afectos nas mais provas do amor assim, nas palavras da paixão, sim, nas derivas do circular contorno que fica como o som dos tempos que correm, preposição dos ambientes.
(Um primeiro momento.)
Os sedimentos, as silenciosas montanhas,
os interstícios condensados dos sulcos da matéria em formação,
as subidas de uma transformação lenta,
aos caudais da irrupção magnífica, límpida, por fim.
Mais como o prazer
sonoro, mais
a noite e um seu estar,
as falas do riso tépido,
no colo claro dos sítios do silêncio,
em solução fria,
na distensão de todos os sorrisos,
qual feito da mais sofisticada tradição dos ídolos em escaparate,
ouça, como qualquer assim num rasgo frio, as tais qualidades do fazer maldito.
E o porquê, não, como a forma do que, sincopado, fora uma linguagem soturna, a qualquer onde, em manifestação de todos os ritmos tropicais, o fogo, a queima, a lua, ruborizada, tudo, isto, atravessado da mais diversa opinião, plástica,
imóvel imagem do horror,
da permanência, dos espelhos,
dos relógios, do súbito olhar,
dos perplexos momentos,
ao encher dos vasos comunicantes,
nos espelhos assassinados.
Por quem, nas magnéticas leituras dos olhos fixos,
já vai nas palavras chegará aqui,
aquando da chamada voz em surdina,
à linhagem das partículas em desordenadas sinfonias ;
ao longe os cadafalsos do condado,
as preparações do mundo em ebulição,
as lógicas da desgraça,
as utilidades,
a extensão e a mobilidade,
o quando em vez da manifestação musical,
o taciturno da incineração volátil,
o chega ali,
dos mantos desvanecidos,
em surtos da longa louca locação,
nos activos fundos mananciais,
do peso solto,
e da chuva que não caísse,
ou um pó seco,
estranhado,
nos momentos súbitos,
do culto atirado ao papel seco,
como uma flor,
nas tintas dum pormenor,
azuis de uma insolação violenta,
e os tédios,
fios da noite vaga,
como o cada de cada um nas faces do aproveitamento das espécies,
o andar,
do sorriso,
pudera ainda antes do pão aberto e das faces incandescentes,
do cartão prensado,
dos sólidos,
do calor de cada dos avanços,
do movimento,
mesmo,
nas rasgadas mãos da imagem,
feitos do sangue,
derramado em foles da mais alta manifestação,
repito ontem,
como hoje,
nos espelhos assassinados,
nos instantes quebrados,
dos caminhos das fontes,
adentro de todos os mecanismos da indução,
uma qualquer coisa,
que por fim solta-se,
instante nos lábios,
em consolação das águas,
e solta-se em ligamentos da alta noite,
nos rasgados véus do pensamento,
ainda não,
num ténue movimento dos corpos subtis,
veículo de todos os sons,
já não,
livremente,
como as cantigas de amor,
ou as missas espalhadas no lugar circunflexo,
numa tarde, sim, por fim, sim.
(Um segundo momento, mlk.)
Pois já tardava então o culto das palavras
ao atingir das ignições do desprender,
como nas clavículas da respiração compassada
em esquissos dos patamares do alcance,
o súbito das monológicas noites da hipnose em ciclos da paixão e nos verbos à queima dos corpos subtis, as vísceras emblemáticas, os fundos da terra viva.
Partes em convulsão dos ogres altivos. As rodas. A borrasca da noite grega. Os outrora sombras da fantasmática geometria. Os antigos horizontes das costas. As castas das retiradas areias. O que fica da prece e dos símbolos, do canto e dos louvores, dos espelhos assassinados.