2 de setembro de 2010

Rastos e sons. Artefactos. O cansaço. Outra vez pátria.
Fria. O mais terrível dos exílios. A inexistência.
Solos da madeira. E junto a um homem de novo o peso.
A importância. Como a sombra que chega.
No canto. O terrível dos olhares.
Por detrás do muito das manifestações.
Em matéria ao avesso. Em mais tarde a luz baixa e triste.
Ao som da maquinaria. No árido da terra sangrenta.
Onde como que solta-se a manhã pisada ao asfalto veloz.
Na imagem surdina de uma hora remota.
Que faz os soltos cultos. Cadáver dessa terra.
E nunca termina o espaço dos rostos.
Que não chegam nessa manhã. Violenta.
Rasgada em sol. E mais atento (que) o pormenor.
Da vida que segue em momentos que suspendem.
E vai-se a ficar. A um caminho direito.

No silêncio. À sombra da tarde cai.
A roda como a dor em cada.
Que sobe e manifesta a inglória terrível, grave.
Onde pára o tempo – solene - nas partes que deslizam.

Os outros tempos não chegam.
A um fulgor do cuidado cinzento.
E a vida em recorrer do pudor e da violência.
Vem como o céu azul em sol. Árido.
Por detrás dos rostos sem amor.
Nessa maleita da imagem, do valor.

Por vezes chega um pôr quente que fica a cruzar os olhares no asfalto.
O pó das bermas veloz da canção e da dança em aterro das dignidades.
O sorriso, como as máscaras em festa de holocausto.

Frio o sangue vai.
Começa em curva ausente.
Em céu deixa-se, frio.
Como o vento imóvel.
Fundado em som.
Nas imagens caídas.