4 de setembro de 2010

Rios do abandono.
Os raios de sol.
A sucessão dos rostos.
As palavras.
A calcinação pelo sol.
O igual efeito que assim paira.
As estradas.
Outra vez um rosto.
A voz quente.
O pisar das distâncias.
(A experiência do fogo).
O corrido em vias mais que dilaceradas.
De novo o abandono.

E a noção do esquecimento reinava nas vidas como a conclusão do abandono numa utilidade das palavras e em recusa da visceral posição dos afectos fortes, como qualquer coisa, ou alguém, ou o instalar do quê que vem num manancial adentro e utiliza todos os costumes, assim, como que colocando-se junto nas manhãs da necessidade, mundano.

E num instante é o sol.
(Tu, por momentos.).
Descortinas desse fundo que reina.
Como um esquecimento.
Ao tal fugaz sol da manhã.
Nas tardes frescas.
Na conclusão do amor.

Sem que tome-se. Sem que assista. Como essa voz num eco da distância sombra tão perto em turbilhão da diferença. E a saudade do mar azul, do sal.