13 de dezembro de 2010

Uma (incipiente) tentativa de progressão na espécie.

(Atempo)

Como se se desse o caso de um tal pensamento e muito possivelmente não regressaria naquele lugar, era, como se lentamente abrisse os olhos e suspendera-se, instantes, na recortada figura da paisagem grandiosa, não trazia o prolongar das noites, qualquer ligação do rumor distendia-se ao passar do momento e lançava-se em turbilhão como se foram abismos de uma certa conclusão que repartia - estranha aquietação – a figura de uma forma vaga da intuição do ritmo, que punha-se, sem imediato sentido, como fora o coligir da frase em perfuração - um inútil assim - que fazia por esquecer “um qualquer coisa” que soltava-se na repetição das palavras deixadas ao acaso, única ideia, eram, todos os rumos deixados a fazer linha de um pensamento.

Apenas um sincopar, uma grafia.
O apelo de uma fonte que atingisse a progressão da ideia.
Como não tomara à partida um passo adquirido ou surpreendera um instante em trabalho.

O atirar dos olhos.
Repente que toma, na passada, os novos corpos que flutuam, passageiros, no rasto deixado de um movimento veloz.
Apenas um vazio.
Segundos que passavam.
Tempos do movimento insistido,

Buscava dentro as futuras combinações de uma paleta que colorisse a posição de um vaso em “perfeito” vazio e, num instante, como se diluísse um excesso de peso e transitasse as transformações da sintaxe; uma “certa forma”; era, como se chamara um vento aos seus ardis ou veículos que tomassem vida na exaustão de todos os circuitos das frases em cadeia. Marcações de um recipiente futuro, um simultâneo do fazer.

Como fora, o protagonismo da forma que insinuara as outras avenidas fáceis em partidas de um ponto tomado nas “résteas” do pensamento adquirido, (uma diferença fundamental), como o agarrar-se na passada e levar, consigo, as emergidas superfícies de um pensamento revelado no concurso da notação, deixado numa certa grafia.

Rotações de um percurso elementar, esquecido, ao adiantar, (consigo), os tempos da marcação que põe-se em qual matéria.
Num acerto.
Numa luz no movimento.
Na súbita coincidência das fontes reconhecidas.
Calcorreadas.
Como fora, o continuar das façanhas vazias nos mais apagados pretéritos em solução das partes que, corridas, surgissem da composição de um movimento futuro. Uma partida na sombra. O mais dos caminhos, (ao acaso), que fundara-se, por vezes, na razão dos sulcos de uma matéria esquecida. Os abandonados espaços do antigamente. O móvel circunstanciar das tomadas de forma. O ritmado recesso das recipientes invocações.

O alongar das recorrentes passagens deixava como que a sombra de uma forma, afigurava-se a presença de um discurso, um iminente agarrar de atenção, a descida de um pensamento vago que suspendia qualquer determinação - o abandonar-se a um movimento é acto da concentração, funda, autenticamente, a decisão do instante que segue, antes de qualquer coisa.

Isso.

(Espaço)

A mais elevada forma do acto.

Espera, a súbita fuga,
na tentativa do agarrar,
o peso das cadeias,
em súbito divergir,
a uma aproximação limiar,
em geometrias da força sucessiva,
numa curva larga,
ao berço das dinâmicas em transporte,
no corpo carnal que fizera-se,
da vectorial marcação das linhas dispostas,
ao chegar do limite,
e na prévia consideração das órbitas elementares,
(imagem chave pensou); uma visualização da massa que rodopiara, colorida, por danças de um sistemático e regulado conjunto; como fora o ensaio da transposição interna em prévias considerações da trajectória e no divergir da linha limite, uma aceleração luminosa.

Dinâmicas considerações do acto dinâmico.
Algo que dispõe-se, “confuso”, no interior que aparece.
Um esboço de significado a um veicular sugerido.
O apontar de uma finalidade, um significado.

Visual sugestão das dinâmicas do acto do movimento da fuga, como fora uma aproximação, mas de dentro, não a relação de conjunto elementar, mas sim, a indicação das linhas do movimento.
Condensava o peso de uma passagem.
Um agarrar dessa “força”.
Apresentava-se como que talhado a golpes de machado.
Corte rude, uma primeira posse à força.

Não sentia, no entanto, o interno constranger que sempre provoca o movimento condicionado, a precipitação, isso, havia de querer dizer alguma coisa, pensou, como se aquela posição atingida estivesse fora de alcance, e, como não considerava um afastamento desse tipo, apenas surgia uma chegada no próprio desses núcleos.

Era o começo das imagens.
A (proposta) linha limiar de chegada.
Fazia por ver a sua volta,

Adiantava a condição do tempo (que surgia) como direcção curva que lentamente se chegava em limite, como fora a preparação duma entrada, uma desaceleração, uma primeira manobra, faziam-se precisas as linhas da relação, numa certa elegância, nas precisões do movimento, nesse plano, em leis da condução da trajectória, (da razão pensou), uma não alinhada trajectória que adquiria as leis de uma certa possibilidade espacial, que dali se regulava.

(Tempo)

“… passa para a segunda transição e desta para o seu vizinho …”.

Uma introdução. A imagem.

O sinal de fundo tomado num certo fechamento da figura.
Coincidira a forma, (terceira dimensão acabada), e acendera um olhar, nos gestos por detrás de uma cortina em chamas.
A progressão das sombras que emergiam.
As danças vagas, os gritos mudos.
O fogo solto nas imagens que nasciam.
Vago pormenor que sentira.
No ponto de um pensamento tomado.
Dirigira uma atenção.
Ao vago sugerir das histórias.
E nas voltas dessa fogueira.
As sombras à sua volta.
Pensou: era como se o surgir dessa cortina em chamas fosse o irromper do tempo desencadeado nos ápices do fogo. Numa relação.
Chegara: o tempo era um rio atingido.

(A “ultrapassagem” dessa (anteriormente) considerada linha limite no espaço surgia-lhe agora de uma forma lúcida).

Faziam-se as palavras.
O entrar das danças, do fogo.
Por detrás dessas sombras.
Ao fazer entrar os rios, as florestas.
Chegavam as cautelosas passadas por entre os gigantes à volta.
E os raios de sol por entre as ramadas densas.
Ao avistar da carne em silêncio.
O entrar das arestas em ferida.
Que jorra em vermelho.
Nas mãos que se banham na partilha.
Febre saciada,
E os olhares que fazem-se.
Interrogam-se.
No profundo do retiro ao fim do dia.
Ao cair de todas as estranhas colorações.
Apelos próximo.
Um cair frio, escuro.