4 de outubro de 2017


Claro que não, claro que não.
O que faz-se, marca-se mesmo.

Concede este gesto a representação, e ainda a tempo, dos séculos residuais, das desgarradas histórias, dos desmembrados corpos esquecidos.

A partilha.

Nas silenciosas catacumbas jazem as jorradas gargantas na pedra que murmuradas em volta aos corpos soltam-se nas celebradas palavras de sangue e numa imagem que a voz sustenta em solenes e soletrados segredos das memórias dos reminiscentes despojos que ao longo das falésias e das escarpas ficam empilhados em piras de prata terrena nos desolados recantos.

Outras terras e o maior dos cilícios silêncios num ostracizado estertor das sombras e das coisas voláteis.

Hostes do rugir voraz
Nas ossadas ocas vigilantes
Pálpebras e semelhantes fronteiras
No lamento da primeira
Distância aos rapsódicos termos
Do falar demos do lugar
Por grotescos e multiformes traçados
A tez das continuadas fontes
Em promessas de sentido e gestos
De trabalho nos reflexos
Solos cintilados a fundamentais
De imagem e ignições dos tristes minutos.

Sincopados corporais de artifício ascendem como que insinuados ao estranho lugar em esboços de passado e presente que abertos numa palavra aos multifacetados instantes da representação do fogo e de uma esfera mais vasta representam as iniciais incessantes e inertes rajadas dos assinalados silêncios nos breves minutos do acontecer reflexo da locação que fica o antigo nas palavras e maquinalmente o mar-cego de outrora escritas ao fluir de um vento em filamentos sonoros.

Outro verbo o nome envoltos do saciar alado a cada fugaz do regulado canto embutido e dissipado na rebentação das terras e da miragem numa magnética indução do induzido que agrega dessa cisão as distintas magentas do traço por assinalada falha numa qualidade.

Condição de origem
Dos materiais movimentos
Nas acabadas palavras
Dos exaustos ciclos
Esventrados e verbais.

Como replicantemente a parte pelo todo em busca da frase perdida o modular tom dos corpos ao momento inicial numa ideia que por suscitado verso chegam em composição junto ao próprio tema intuitivamente efeito que cruza as maneiras do inicial instante e das formas e dos nomes que escapam de uma anterior existência e uns instantes mais.

E depois o entrar na origem a um tempo rasga de identidade o termo das estações e os alternados temores no espaço da criação dos territórios em cópula noção do face a face e original raiz da semente que chega aos corpos em estado febril e a meio da distância faz o essencial da satisfação.

Na força de um cintilar
A duas mãos da espécie
Por seminal ideia
Ao fundo obsceno do grito
E destes todos ideia.

Que na linguagem por fim se revelam em causa e efeito ao entardecer dos panoramas:

Infinitos como as ondas
Marcam então o olhar fascinado
E perplexo ao percorrer dos cromáticos
Processos da metáfora
Em lúdica marcha de cadências
Pontuais de vontade.

Que de branco se revestem
No vulgar da ocorrência
Em lastro nos interstícios
De um cristal violeta
E todas as terras em estado de grito –
E ventos de vertigem
De temperatura ideal.

De um processual das unidades da composição composta e daqui dizer a ocasião e o quão solenemente das fundações numa língua e de per se.

Sem comentários:

Enviar um comentário