11 de abril de 2012

Cala e funda o imaginário do imaginar.

Como magnético rubor.
A ideia fere, arremete.
A sombra do astro em chama cume o vértice da fixação plástica.
Belo. Preciso.
Como fora a glorificada glorificação da lua e os seus anunciados reflexos.
Por corpúsculos matinais da terra em condição.
Nos verdes, vales verdes, esquecidos de novo.

Muito mais sim que não, não, como a lua, como tu.

Cristais ao lapidar pormenor, diga-se.

4 de abril de 2012

Dos altos planaltos assim falara:

Suplicante da terra dupla vermelha, traz-lhe a fundação da fundação, por sobre o mar, povoado das ondas terríveis.

Numa encenação que fica. Culta. Cultivada quer dizer.
Cessa o olhar. Evanescente janela.
Por antiga história homens disseram-se por si grandes.
Como um tornado, tornado simples.
O álcool, em estado puro, avança o leguminoso crescendo.

Tem-se a noite então não.

3 de abril de 2012

Soturno.

No corredor da noite enquanto espera. Aos primeiros raios que chegam por entre a bruma onde pesa o sincopar das métricas indecisas. Uma vigília deixa suspenso o acto espesso. Omisso povoado. Na marcada terra que espera, do dia, os renovados instantes.

Alegoricamente, como é suposto, contaria então do acto (in)condicional - posso-te em requintes de displicência.
O esquecimento da presença e o reaparecer da presença.
A não presença presencial.

As palavras não são ideias, apenas palavras.
Cultivam-se como campo de ostras suspensas em parcial vivificação.
Num sorriso à mesa em branco. Solene.

Como o natural jogo da vida e da morte se é natural é bom será?
Quer dizer, até ver, afirmo o ínfimo instante. É natural.
Como é fugaz a certeza. Quomo q’outro.
Nos dias da palavra quanto mais dito assenta, e assento isso, na vertical vez do excesso disso, instante que não é nada disso, silhueta que volteia, ao arrasto da voz, em deslizante linha ao centro, isso.
Pré-tenso o contivesse a contingência quer dizer sim, diferente, ou como não, nos olhos do reflectido momento. O jogo. Vale. Diz que esqueci por força duma utilitária exercitação nos raios da enlouquecida luz. No cimento. Som. Alto que morde a pele em labareda. E a roda toma o tempo. Fora de tempo. Fora de fim. Na deriva que vertiginosamente cai. Faz-se. Por fim.

1 de abril de 2012

O movimento imperceptível dos olhos revela o que falo da fala de quem diz e fixa a matéria em circuitos canais irrigados como se se fendesse a rosada carne em displicentes, porém arrojadas, fases da lua esvanecida.

O ruído da repetida repetição era o mesmo de sempre entretanto.
Novos mundos, velhos mundos.
A introversão de vez nos castelos.
A medida do consenso em passeio à beira mar.
Flatulências da flor amarga e distante.
Uma em cada e cada mais vez disposto em volta.
Rouco o grito na pele assim.
Como o vento em células do quanto mais baste não chega.

A rarefacção do ar. Exalações. Sãs fibras disto.
Torrente tempo suspenso em silenciosa palestra nos cantos labiais do fogo.
Quanta condição do querer na face voltada.
Olho o esventrado corpo em momentâneo apaziguamento.
Digamos. O silêncio é melhor.

E o mar. No reflectido planalto da luminosidade estranha. Um dia o tempo todo parou na penumbra de uma peça perfeita. E quanto mais me atinge eu mais me esqueço. Das verticais semelhanças que asseveram a paradoxal instauração do conforto. Entenda-se ou não. Facto. O recomeçar a cada dia é feito ao ritmo do sol que se (a)levanta. Outro. A noite é mais dada ao sonho, ou à insónia, nos fumegantes corpos que retardam. Isto são factos. Seria possível, no entanto, outro tipo de notação.

Luminosas arestas expectantes.
Superfícies do silêncio na direcção corrida das palavras.

Em aparente estado de vigília. Não é?
Amassar nas mãos até que tome forma.
Como o pão, no fundo.
A marca do verde a fundo vale
A festiva passagem num olhar de relance.

Os ombros esfacelados.

Marco sinal.
Como o aço.