14 de junho de 2012

Diz-se, com sensatez, que quando termina o combustível fica o mistério da pedra verde, oculta em recanto invisível, não discernível.

Insensatamente diga-se em brutal que não vai mesmo valer a quem quer pois essa é a profissão das palavras, dúplicas de intenção.

O seu contraponto é silêncio, verdadeira palavra … e o que fez o alexandre ó górdio?

13 de junho de 2012

Retalhos de uma mesma imagem.
O som e o seu objecto parcialmente enquadrado em natural.
Isto é uma coisa. Todo o fragmento disso, outra.

Sucedâneo de vida o tempo roda à sua maneira.
Nas palavras perde em olhar a distância, nunca mais.
Adivinho, as ligações da sombra poisam na terra, funerária.
Quem fala entre a sinfonia e o silêncio o estar do compassivo tempo nas hostes donde o abandonado escrito na rocha diz o outro em corporal metafórica que dá-se à maioridade exposto e revela a original tipografia impressa em sono num barco quente.

Urge o que não foi feito em frutas vizinhas.
A concórdia dos povos.
A nota em redor do solo encharcado.

Um pouco mais acima, nas falésias, os arquétipos da solução encantada.
Como rios a cair do monte em rasto de espuma.
Trazem uma altivez no olhar ou um madrugar de quem vê.
Delirante como um progredir da história.
Ao lugar da urgência do sul, cultivo que chegue.

9 de junho de 2012

Que fazer é uma expressão repetida em anterior estado de eclipse.
Nos olhos como sequer calafrio distante.
Qual demente ou cadeira sois, respiração garrotar que se aperta.

Submersa ventilação do desafio retórico.
Compassos e simetrias, as liquidações do costume.

O cintilar penumbra outro mesmo ao voltear da violência, quotidiano.
Numa abertura silvestre em sintonias violinas.
Que faz concepção sinal da conjunção dos ânimos.
Num apelo às marés onde calam-se as mãos em certa cor.
Outro ficara na praia, deserto. O horizonte aqui surdo se apaga e gasta a divindade antes que saia a fala e me deixe levar na condição das ondas. Sem querer saber o não sei. Deixado ao vibrante horror dos corpos rasurados. Na ilusão dum exercício respiratório. A manhã, ao ar do momento calamitoso, pois não é sensato escrevê-lo, considera o acto nas tomadas de assombramento.

8 de junho de 2012

Já passou tempo e agora o início corrobora em contraponto o acto. Nunca é tarde apenas vivo o seu corpo era a questão de vez ficado atrás de cada rosto. Num chão de existência que passa a razão dividida da prece humana ao necessitar cultural que é. Esforçado modo em circular saber pois também não é por aqui que nunca. Regresso a um quadro pregado a tinta viva ao fundo de uma qualquer parede espessa.
Na viragem. Como já se vê. O mesmo, mesmo fazer.
Ou uma interpretação possível.
Lâmina dum espelho que caíra da noite em botão.
Embrulhado em artifício. Expira. Um simples auricular.
Esfera. Botão. Azulejos postos brilhantes. O alinhamento dos astros ou do que quer que seja. Para lá do possível fragor das ondas lentamente a bruma. Chamada à última da hora ao quarto raiz das bestas em crispação visível. Faz os últimos universais retoques ao cabo da voz aprendiz da fala que o levasse. Nas horas da ciclicamente luarte a sombra ao aparecer do contrário em função e até que feito.
Não foi mais o que fez séquito em floral tão mal florido.
Achou. No mesmo ideal admito-te.
Tocado da fundição e ao largo da misericórdia toda.
Um traço de ossatura vibrante.
Uma expressiva ostensão de qualquer coisa.
Seja ela mão, pés, ou os líquidos cristais dos olhos.
Coma sóbria deusa donde cala-me o enfarte ou não respondo.
Pois embora não esteja adivinha-me.
O labiríntico esqueleto entretanto em convulsão genética.
Graça multiforme em vista da cabeça.
E num rápido matraquear das ondas em repasto.

7 de junho de 2012

Forte o sol fustiga na face o que não sente.
Nalgo que vive ao rasto indiferente.
Da líquida perspectiva de um almoço aromático, vibrante.
Saia por favor, sensibiliza-me e tenho a fazer coisas.
Pois agora, que o outro não cessa de chamar isso.
Tive uma ideia elevada meu deus.
Vivificante e natural ao alto a insanidade.
Em matéria dos antigos o próprio da panaceia.
Hoje.
Sinta tu.
Que chega.
Nunca.
Assim é.

Reminiscência ou apocalíptica, não sei.
Se o sonho é um preencher da falta,
que coisa foi que ficou na colorida caixa das visões perfeitas.
Será fim sem razão de ser, desculpem a falta.

6 de junho de 2012

Guarnecido a celofane faz por que se quer.
O arrepio da lanterna.
Nas partes do mais etéreo dito.
Em outro aqui noctívago por mãos do ensaio objecto.
Que chama longinquamente.
Os túnicos barcos corpo do canto da menor valia.
Silfos.
Clama eu.
Que não ouço.
A pele.
Às horas do dia.
Iguais.
Da marcação.

Decerto que deve ser nele um pouco como adiado cadáver.
Difícil diz-se, acima a calmaria em circular matinal da rapsódia.
Falada às mesas dos cabides. Nas caldeiras frutificadas.
Doa-me a voz aqui das doutrinas conjuntas, pois cheguei, incólume, ao mais que simples, fundamento do mercado, correspondente.
Finalizado o fenómeno da levitação.
Deslizam murmúrios e palavras.
E solta o regresso tão pouco heróico que desde ontem que se escuta pá.

Virtude sem sentido.
Interna perspectiva linear.
Absoluto silêncio.
Debaixo do mesmo sol.

Humilde sorriso que não compadece à chegada.
Todas as comovidas vilas em singular proposição da espécie.
O homem feito à medida subitamente elevado vara.
Sob um céu azul, ó vento que sempre regressas.

Esses sinais que visitam.

4 de junho de 2012

Qual insídia afigura o avançado matiz da cloaca voz ao metal do sacrifício.
Sonho que lá chegado vão esquece e o leve ao lugar longe, repetido.
Acabará como ouvis rebentos da nova estação no acto que importa vida.
Num volteio do aço retorcido em grotesca sombra no rio.
Em ultrajado silêncio que só contém o imperceptível movimento dos ombros.
Aprendizagem dos cínicos ou arte do bem viver, como lhe chamam.
Um passado passou repleto de presença e dádiva enfim.
Que se parta de vez a sombra dos anos no empolgado vazio dos olhos, teus.
E calem-se as vozes pois morre de vez aí.
Agoniada fala do mundo ao terminar da visita longe, depois.
Num certo igual regozijo tomai do convém mais seguro.
A ópera dos cantos fáceis, as outras aberturas da pele.
À luz do canto ido mais vale um dia de dor que a eternidade vazia, como sabe.
Qualquer que seja a ventura tira a daqui depressa, solta.

2 de junho de 2012

Não, já nem sequer te toca o véu do sonho.
Quimera através.
Por todo o lado frutificam rostos vazios.
Olhos penetrados. O mesmo.

As palavras fazem breve o quê pois não tornarei tal sentido. Na próxima estação deixarei de crer e talvez acabe em amontoado de cinza. Ou talvez não. Nunca mais vi a quimera ou tão pouco o seu reflexo e vai resistindo a tentação da palavra pois já melhor sabe e é tarde o que faz verdade a tempo. Seja ou não cego o tome o sono em regresso partido por, sim.
Nos próximos sinais,
da silenciosa palavra,
escuto atento,
o iniciar do sentido,
em entalhe de luz,
da universal batalha,
na edificada púrpura.

1 de junho de 2012

Desordenado rumo,
ou apenas um caminho,
num indolente mesmo,
e em clara perspectiva,
decidido ao início,
da circunstância natal,
que por menor que não conte,
avista outro ou então,
talvez nem sequer,
suposto seja aqui estar,
pois nem sequer voltarei,
ia pensar, que não deixa
espaço o necessário,
bem o sabia o senhor,
ao deixar o dia distante,
nas águas do rio por terra,
indiferente ao hábito,
em espírito de absolução,
e na muda marca do marcar,
a carne, e o sangue a jorrar.
Debruçado ao culto final do lugar.
Disperso em mantos de betão soerguido.
Espero a decisão do vento.

Ouve o que te digo embora seja por mim que to digo.
De quando em vez esqueço o quotidiano da soldadesca.
O grito agónico do miserável de sempre sentenciado à culpa.
Abafado suspiro da circunstância esquecida.
Na poderosa pose que sobe ao nariz alheado assim.