29 de março de 2010

No centro duma posição prá©tica
contagem do tem dito amálgama
em aquecimento da volátil rotação
dos critérios da calcinação em rasto
do fundamento ocidental a triagem
na maneira do aspergir constituídos
os voláteis ritos do vazio olhar a via.

A cabo do som,
nos traços traçado,
que desce aos olhos
no lábil canto
que estende o friso do corpo em vibração localizada,
um fluxo transposto,
dos olhos cerrados,
num despertar
em mais de azul
disperso
da volta rápida,
(digamos assim),
num sentido segundo,
num, das alegorias das ditas qualidades do verde,
(prazenteiro verde),
por solução de esmeralda
e cintilante
em afundo residual
da faixa do grito
em apelo das multidões,
(“olha para aqui agora”)
a parte oriental,
dos arcos e rastos,
dos riscos e pedras,
em ressalto na matéria,
das malas em vão,
e numa contraintraversão.
A Noite Vertical.

Que eu seja – a bola de oiro lançada no sol levante.
Que eu seja – O pêndulo que retorna ao ponto morto procurar a vertical nocturna do verbo.
Que eu seja – um e o outro prato da balança, o fiel. O período compreendido entre os dois extremos da sacada universal que é o batimento de coração segundo o qual podemos duvidar do possível e tudo esperar do seu ansioso “rien ne va plus”.

Lanço ao possível este desafio : Que eu seja a bala no salto de um instante de liberdade.
Lanço este grito – Que eu seja a bala do seu silêncio.

A minha partida chama-se sempre, todos os dias, todos os instantes do grande dia. O meu regresso a nunca, eterna vertical nocturna, ponto morto, igual a ele mesmo, que o outro franqueia – sempre.

Que sou eu ?
Sempre o mesmo retorno, o que retorna a dizer ainda um outro.

Stanislas Rodanski – Anthologie de la poésie française du XX siécle – (tradução livre)
Como variável nos modos do amor soubera :
- olhai que passam barcos acima dos montes, em delírio –
vide,
os dilúvios da visceral vontade,
as composições,
o sangue do meu sangue,
a pútrida voz,
os caldos de galinha ...
e quanto mais palavras, não será hora de as reconhecer.

28 de março de 2010

Suspendem-se as palavras sem fim,
Falta o interlúdio, fio dessas causas,
Suspendem-se as imagens sem fim,
Apenas ocorres, o fim destas causas.

22 de março de 2010

E agora, o verdadeiro “instante ético/moral”.

“bababadalgharaghtakamminarronnkonnbronntonnerronntuonnthunntrovarrhounawnskawntoohoohoordenenthurnuk!"

J.Joyce – Finnegans Wake.
“Como em muitos homens que atingem uma situação importante, era, a mil léguas de qualquer egoísmo, um amor profundo pelo que poderíamos chamar a utilidade pública e supra pessoal, noutros termos, um honrado respeito por aquilo em que se funda o seu proveito, não porque o funda, mas ao mesmo tempo que o funda, e em harmonia com este facto, quer dizer, em suma, por razões genéricas. Isto é um dado importante : um cão de raça, se procura o seu lugar debaixo da mesa do repasto sem se deixar desviar do seu intento pelos pontapés que recebe, não será de facto por baixeza de cão, não, mas por apego e fidelidade ; e na vida, aqueles mesmos que calculam friamente não têm metade do sucesso que obtém os espíritos bem doseados, capazes de experimentar, pelos seres e relações que lhes dão proveito, sentimentos verdadeiramente profundos.”

R. Musil ; O homem sem qualidades – (da tradução francesa)
Primavera.

Na primavera florescem os marmeleiros
e as romãzeiras, regadas
pelas águas dos rios,
lá onde fica das Virgens o jardim imaculado,
e os gomos das videiras crescem sob os rebentos
umbrosos do pâmpanos: mas a mim o Amor
não me dá estação alguma de descanso:
como o trácio Bóreas, deflagrando
com o trovão, soprando do lado de Cípria,
com loucura devastadora,
tenebroso e sem peias,
sacode de alto a baixo com força
o nosso coração.

Íbico ; hélade – Asa (tradução Maria H. Da Rocha Pereira.)

12 de março de 2010



O lobo e o cordeiro.


Estavam o lobo e o cordeiro a beber junto ao leito do rio. O cordeiro em baixo, o lobo acima. Diz o lobo :

- Não vês que me sujas a água?!
- Como pode ser isso se estás acima e o rio corre na minha direcção?
- Além do insulto ainda me ameaças?
- Como ameaço-te?
- Sim, bem me lembro do que fizeste o ano passado.
- Mas se nem era nascido.
- Basta, está bem assim. A tua maldade não me deixa alternativa.

E precipita-se sobre o cordeiro que devora.

...
Esopo.

24 de fevereiro de 2010

Cérebro, utilidade, desvio.

A necessidade de uma construção.
O aspecto e a reminiscência dos caminhos.
A longa e ruidosa manifestação de tudo o que percorre.
O critério de alcance em (positivo) permanecer da dúvida.
O outro lado da metafórica em maneira
dos actuais compassados processos continuados.
Os autores do coração regulado.

no lugar da espera,
em sinais do nunca mais
nunca, o supor
no entanto à sua falta
em simultâneo dum verdadeiro
e certo lugar
que tudo passa enquanto existe,
existe, duma ou doutra maneira,

na aparente razão,
do campo de acção,

que faz o sentido (em dúvida) e permanece evidência, pólos do mesmo.

20 de fevereiro de 2010

Filigrana em w.

Algo vem como rumor,
no vago sopro, por entre os lagos,
ao rosto em ruga desse sentir,
dois, na direcção do sobreolhar,
chega, como fora um passo em abismo,
(nota de uma certa impertinência),
a escolha à passagem que permanece
imagem, fica, marca, os indecisos,
incertos, versos de uma voz humana.

16 de fevereiro de 2010

O profuso da cor,
os interlúdios secretos,
a música e o silêncio,
a terra firme e o corpo tecido,
a passo imóvel de todos os mundos,
o vento bate nas margens,
as folhas do rio.
Alongo,

a sobrenatural miragem
dos edifícios em decadência,
os horizontes do lugar comum,
uma névoa, nunca vista fronteira
do reflexo mecânico, da cinza liberta,
rumor do verbo cego numa faca aos olhos,
em algo da posição no momento da figura,
diferença distante, imagens do mundo,
um rumor de variação funcional,
o fascínio do latejar instante,
o olhar contínuo fora
da representação
do mundo
em movimento
dos olhos rasgados,
numa inversão aspergida,
em mediado efeito de alcance,
não imediato, caos em arrasto selvagem.

10 de fevereiro de 2010

Estado da representação
dinâmica
além do corpo
(redundante) sinal
às portas do elemento
aberto (oclusivo e desatento)
efeito da corrida
em lábil locução
dos simultâneos vasos
(fixo alongamento elástico)
tomados de fundo
numa produção das pedras ao caminho,
permanente ideia
da clara
coloração mais forte
estado líquido
em primeira situação
de mar e sol
de novo aos lagos da imagem
(ausente em causa de transformação)
nos sinais da manhã
que logo regressam formas
a fazer acto
em contra fundo
da atribuição da vertigem,

(ponto mais das ondulações disforme),

o mar, grita,
sussurros do avistar quente,
e os corpos,
(que permanecem),
a proporção de estar cru.

2 de fevereiro de 2010

Num instante decide-me a espontânea luminosidade do gesto, o instante da voz, a abertura, os sinais do mundo, gosto
absoluto em pele ardente,
investida, raíz da matéria,
no regresso às palavras ;
gritos
turbulentos,
ribaltas
leguminosas
e estreitos convénios
dos cigarros da via
sólida
cinza escorrida
duma vez,
num dia do silêncio das casas,
(outras, notas,
soltas,
do cala-me elevado),
como foram dedos por detrás da carne
que vibra o sangue tecido,
por detrás dos corpos,
na sonora marca,
do curioso olhar,
perpendicular,
sentido, e não destino,

(e voltamos a pé no movimento)

em ocasional beleza,
ousado fragor,
dos espasmos da sombra,
o silêncio lhe perpassa.

30 de janeiro de 2010

mais que o gasto é tudo sagaz,
lúcido, como a pescada em quinto grau
por cima das ondas
lá do convés
nas últimas manifestações das órbitas quase circulares,
arremedo, como numa fila, a ostra
em surrealismo dos trajos duma aparição visionada
e circunscrita
aos sítios do papel ouvido como fora o séquito das provençais
não tão antigas,
assim,
nos solos do adquirir o nome e o verbo com todo o respeito, claro,
como a água cristalina,
logo adianta-se em cada passada duma aparência mas sim
da borrasca em choque
e desejo
qual fora baixa a todo custo da aparência, desilude
o que fazer, surge
entidade e preza tirando os factos
(das lullianas mnemónicas em combinatória dos fogos pequenos)
passa, repito,
as estrelas em colapso e as trevas da luz anunciada
sim duma abertura, opostas
falas e falas
a sós dum qualquer custo se imponha designem
tal vazio, porquê
não mo pergunto, aparentemente.
Silêncio vias
mais que os corpos
do dia
sóis volúveis
véus em cadência de
verso e arco
em cima dos rios,
como as cigarras
em repasto
salva os silêncios,
todos os filamentos da montanha,
(as sombras do rio
que passa,
fugas da labareda azul),
na tarde e a manhã
toda terras
do coração visceral
rasga, por tê,
toda a extensão do corpo mais largo.

26 de janeiro de 2010

Olhos da suspensa, gasta metáfora em prelúdio de inscrição.

E até o gesto se torna estranho,
na hora em espaços do interlúdio,
por voltas do pormenor isola, desce
amena, a criação da melancolia.

A situação do mesmo trabalho,
(rarefacção do ar), na indecisa grafia
(que ainda pensa) o fascínio das voltas
do tempo, (suspenso, interlúdio),

no fazer por fazer ao sol da manhã,
retirado perfume que fica,
por entre as pedras adormecidas,
da rua gritado às ondas do som basta,

a manhã do excesso que passa,
rompante (ao interno olhar), cantos
e silhuetas do corpo, a (ígnea) condição
da noite chegara por detrás da chuva,
cai na pedra em apelo, irrompe.

19 de janeiro de 2010

Chega (tão bom
motivo) em verdade
e falta a palavra,
parte duma ausência,
a densa imagem,
os voos desgarrados.

O potencial da lapidação
verte o som
em contra a natureza
do voo, isso,
convém do ar
e a palavra em redor,
sonoro o ribombar
da voz, colossal,
disposta, novas
combinações da matéria,
rasgado ao fim
do dia, feito pormenor,
o olhar carrega,
esse, andamento
aberto das subidas
e descidas, da palavra,
estado tais
do ceder desvanecido,
insuspeita imagem,
seria, condição
dos jogos densos,
sombra e plástico,
imutável espaço
das vindas, aparente
e multiforme,
densa, inacessível,
imagem sobre imagem.

Eram dias outros
os da manhã,
unificado,
em densidades do negro,
vasto e presente,
em ruga de pensamento,
ora tornado, simetria
que sai do sorriso,
em fronteira do verde,
azul, ora bem ...

12 de janeiro de 2010

Inundação, imagens.

Entoação,
do toque,
uma corda
afim,
da vibração,

desencadeia, movimento,
movimento a movimento,

sombra e sol,
vão, do segredo,
e fica a origem,
caixa selada,
doutra condição,
que cala leve,
intui,
comunica,
certa consciência,
em palavra.

Sempre se procura uma nova forma, até que chegue a forma, como numa dança dos tropos.

O mecanismo da graça,
passa em articulação
do calor e silêncio,
mistério da nota
que vibra à passagem
e deixa o ar de gelo,
chama encerrada,
suspenso o silêncio
em redor do incómodo,
uma única vez basta,
estranho, e não se diz,
o lugar momento,
marca de contratempo,
na esquiva do gesto,
em sóbria atenção,
da máquina doce
momento, ilustre
a condição fria,
q’inunda o sol aberto
em noções da luminosidade
instante, surpresa,
dos incómodos corpos
revelados no chão
que gela à passagem,
fica o relance,
quente e frio,
leve e cerrado,
do natural percurso
descontinua, o gesto,
chama à vista,
ocultação que assinala
a graciosa movimentação
de novo em dia de sol,
inevitável, movimento
plácido por minutos
da distância, perto,
a única sombra da manhã,
extenso perfume,
q’deixa outro olhar,
divergente, esquecimento,
em dias de sol quente,
a mais útil das manifestações,
em verde e sorrio.
Noção de prosa mista, matéria de origem, línguas, o olhar longe.

Sons da última sensação,
sombras imperfeitas,
os ornamentos volúveis,
no semblante oculto,
da distante torre,
consagrado nome,
em figura composto,
q’era o verbo radical
das vontades,
de outros mundos,
antigos, mais
das investiduras som
que tornava útil,
as valentes noções da fama:

Ó longas avenidas, ó campos e campos.
Ó ligeira bruma carícia, ruidoso animal.

As liquefacções do monograma advertem-se à sombra da conveniência ultra corroborada e asséptica em noções de registo escaparate e por cantos elípticos das universais manifestações de um qualquer lugar longe, na uniformidade opinativa da programada leitura, ao pormenor modal e, às portas da madrugada que jorram edificantes escunas da soma das conclusões, do que é expresso.

A uva som de activo alto,
a outra face em calamidade,
os compostos da luz,
a última sensação da mais singular desfeita em volta ... a tendência é directa : cores e mais cores, quanto mais melhor, já dizia; da uniformidade, da contemplação, do vasto olhar, da outra margem, das qualidades, das ligações, do tangencial apuramento das outras, longas, rubras, cores da lançada corrente em luminosidade, dos ensinamentos, dos bagos da terra caída, dos aliterados campos da sinalidade, aí verbal, da distinção, a de cisão, os olhos do som, tantos sentidos.

9 de janeiro de 2010

Era elevação,
a toda entrega,
que a lei confirma,
e a vida grita,
e firma a beleza,
ébria de ser,
em todas razões,
perante ao tempo,
da idade em triunfo,
e entra o amor,
nos olhos cegos,
e é diferente,
a paisagem no olhar,
acolhedora elegia,
as raias do poder,
em admirável passo,
transposto sorriso,
por muitas eras,
dizia uma vez,
dia de águas,
as fontes agora,
chega o tempo,
de todos os meios,
rejubilar,
à entrada do vazio,
maneira de hoje,
afim de processo,
novos outros lados,
indiferente,
espelho marca,
disposto presente,
a terra queimada,
fica desse engano,
opção dos rios,
entrada que não escolhe,
espalhadas,
margens da violência,
não tem fim,
o estranho momento,
deixa o chamar,
da rendição doce,
intenso abandono,
vão da vista,
inexistente,
forma tomada,
concerto à chegada,
e os dias são curtos,
agora o hábito,
da razão deixa,
entregue a fúria
presentes os corpos,
cabelos violeta,
esqueço-me,
os rios passados,
e não há condição,
da primeira elegia,
e as visões do fogo,
reflectem vazio,
preenche o corpo,
o consolo repousa,
interlúdio,
mas nunca o fim,
não há fim,
desta estranheza,
junta o tempo,
inscritas dúvidas,
levanta, alimenta,
joga as perguntas,
razões de ver assim,
considera o fazer,
meu fogo, teu vazio,
tempo que toma,
terror e paixão,
estende o respirar,
fôlego idade,
indiferença,
quanto mais menos,
estranha a vida,
maneiras,
não desses combates,
necessário é,
não dizer o fogo,
apressado,
por dentro chegam,
luzes pálidas,
acondicionadas,
saber estar aqui,
o inatingível,
esfacelados corpos,
esquecem também,
tão estranhamente,
chega e parte,
os incinerados dias,
da reposta idade,
idos os corpos,
amados que ecoam,
rios passados,
apesar das palavras,
não deixa o lugar,
acreditar esse dia,
avassalador,
chama que cresce,
e faz-se estranho,
esse vazio processo.

6 de janeiro de 2010

O principio, outra conclusão, a boa maneira.

A vida veste-se destes percursos longínquos,
do olhar, do som, da parte do toque, do tempo entusiástico,
o critério emudecido atinge o final em silenciosa travessa da melancolia,
no mesmo lugar, suponho, percorre como dependera dessa luta,
o sentir ali, outro, tolhido de tais palavras, compaixão.

Nunca esta vida cala certo o dizer apenas olhar de areia,
mais miragem que levitação faz tarde a hora no movimento,
o efeito, a sua mera aparição, deixa ao acaso entretanto
a noite que disse, basta, tanta vontade, um sentido, a figura,
o estado, as vias da calamidade aqui, como um canto do desdém.

A tenção de um formidável vazio roda como o sentimento longe
o só brio lembra a sua composição, já noite, salta
e vai daí, longamente a criação, o mármore em dia de inverno,
desponta ao prazer na condição necessária, do vento, na face,
brutal liquefeito disse aí, desassombrado, nunca sem saber.

3 de janeiro de 2010

Os olhos abrasivos,
avançam raios do aço,
tomado ao azul,
no céu suspenso,
um minuto, (raptado
ao rumor), vibra
essa presença, perto,
o cair da chuva.

2 de janeiro de 2010

Seco, rasto, oculto.

A petrificada carne imóvel,
o vento e as mãos,
na terra das máscaras,
(um sobre olhar intenso),
vibra a noite,
em oração de apelo
ao fim do dia castanho.

O feito animal reverbera qual lapso a luz, imagem, claros e sombra à passagem
na hora dos cães.

O contornos dos ossos,
no corpo tangível,
a cada voz melancólica,
traçados nós e rugas,
(as disposições dos objectos),
na cor e composição,
das linhas do movimento,
ao acaso dispostas.

Até que a extensão chega a fronteira do esvair após desse interlúdio, fica o olhar que digita, por entre a luz - a marca do anjo deixa um traçado fundo, cerebral.

No peito aberto e o olhar baixo,
trepidante circula o instante passado,
em plano das órbitas e mapas suspensos,
ficam pólos do jogo sem fim, imóvel, ruidoso.

E percorre a sincopada pele exausta,
um sopro calor, recanto das memórias,
(gelam-te os corpos no regresso),
no lapidar, os lugares de mudança,
permanece a pele em travessia.

Só não tomara jogos e o parecer,
que evitara esse ocaso a funda visão,
(haviam já partido os corpos nessa hora),
e deixava em tempo mesmo desse lugar,
o começar crú da cerebral cadência.

Inóspito esvai e prevalece (a imagem dos corpos em volta) nas imposições sonoras, sim e não, das madrugadas do pensamento físico.

oblíqua,
sombra,
solar,
surge,
a fera,
deste olhar fixo em linha de fronte algo esse dia,
que não,
que fique,
fica.

Os corações ao alto, o mar alto, um ressalto.
Preenche o tempo,
a sucessão deste olhar,
qual negro instante,
do rápido mundo,
signo doutra noite,
a chegar regresso,
ao fim duma voz,
do corpo e os olhos,
calmos poisos,
da veste em azul,
igual no peito,
em assinaturas do tacto,
doce, olhar silêncio,
feito e suspenso,
oração do beijo,
e a voz junto, a noite
cai, seja o sonho.