14 de abril de 2012

“Vejo o problema ainda mais claramente. Há qualquer coisa, na vida humana, que impõe o instante à felicidade até ao ponto em que felicidade e instante parecem inseparáveis como irmão e irmã. Isto retira toda a coerência às grandes horas de felicidade da nossa vida (um tempo em pedaços no tempo), e isto dá a todas as outras (horas) uma coerência necessária, uma coerência de urgência. Este qualquer coisa faz com que a vida que levamos nos deixe profundamente indiferentes: que possamos indiferentemente comer carne humana e edificar catedrais. É por isto que é sempre a mesma coisa, que apenas se produz uma realidade completamente exterior.”


R.Musil – “O homem sem qualidades” (tradução livre da tradução francesa)
Vêm, diferente(s) e o mesmo, com cada é diferente e o mesmo, com cada a ausência de amor é diferente, com cada a ausência de amor é o mesmo.

S.Beckett (trad. livre)

13 de abril de 2012

O suspenso momento fundador da queda.

A invasão da condição grave faz sentido oportuno, a circunstância, por outro, é incompatível, ou talvez não.

Como dizer, então, o veiculado funcionar do fundamento em composição linear do indescritível tal acto acidental da incondição excessiva que aproxima e diverge aos extremos do instante levado a fim?

Sorri.

Na escolha efectivamente o move,
e uma afinidade é uma afinidade,
e na hora das tautologias na carne,
e seu ditado,
e fosse qual fosse,
o dizer interior,
do tempo,
desde o instante.

Disse: a “condição” do acto acidental é a prossecução do tempo sentido em relação incondicional aum fim, que é o acto, e é isso a separação, que é o desvio posto em tempo do sentido no sentido incondicional, notado em próprio sentido, ou resolução, ou seja, as duas faces do objecto, os dois termos do tempo, raros, ambos.
E nem mais uma palavra travessa, intranquila.

As costas em posição colérica
condescendente aqui,
ali sua real, despertam, ao passar
das linhas oceânicas,
o não determinado portanto
das histórias da convenção condicional
onde teria visto
as ondulações reflexas do nome,
que já não lembra-me,
aliás,
nas notas de rodapé,
os miseráveis na morte em silêncio
aos castelos só na chegada d'um mar inicio,
como se doutro dia se tratasse.

12 de abril de 2012

Relógios matinais.
O rumor do bairro maldito.

O íntimo calor próximo, um sinal, qualquer coisa
Mais e mais a cada dia
Sem fim.

Ecos das palavras com fim.

11 de abril de 2012

Cala e funda o imaginário do imaginar.

Como magnético rubor.
A ideia fere, arremete.
A sombra do astro em chama cume o vértice da fixação plástica.
Belo. Preciso.
Como fora a glorificada glorificação da lua e os seus anunciados reflexos.
Por corpúsculos matinais da terra em condição.
Nos verdes, vales verdes, esquecidos de novo.

Muito mais sim que não, não, como a lua, como tu.

Cristais ao lapidar pormenor, diga-se.

4 de abril de 2012

Dos altos planaltos assim falara:

Suplicante da terra dupla vermelha, traz-lhe a fundação da fundação, por sobre o mar, povoado das ondas terríveis.

Numa encenação que fica. Culta. Cultivada quer dizer.
Cessa o olhar. Evanescente janela.
Por antiga história homens disseram-se por si grandes.
Como um tornado, tornado simples.
O álcool, em estado puro, avança o leguminoso crescendo.

Tem-se a noite então não.

3 de abril de 2012

Soturno.

No corredor da noite enquanto espera. Aos primeiros raios que chegam por entre a bruma onde pesa o sincopar das métricas indecisas. Uma vigília deixa suspenso o acto espesso. Omisso povoado. Na marcada terra que espera, do dia, os renovados instantes.

Alegoricamente, como é suposto, contaria então do acto (in)condicional - posso-te em requintes de displicência.
O esquecimento da presença e o reaparecer da presença.
A não presença presencial.

As palavras não são ideias, apenas palavras.
Cultivam-se como campo de ostras suspensas em parcial vivificação.
Num sorriso à mesa em branco. Solene.

Como o natural jogo da vida e da morte se é natural é bom será?
Quer dizer, até ver, afirmo o ínfimo instante. É natural.
Como é fugaz a certeza. Quomo q’outro.
Nos dias da palavra quanto mais dito assenta, e assento isso, na vertical vez do excesso disso, instante que não é nada disso, silhueta que volteia, ao arrasto da voz, em deslizante linha ao centro, isso.
Pré-tenso o contivesse a contingência quer dizer sim, diferente, ou como não, nos olhos do reflectido momento. O jogo. Vale. Diz que esqueci por força duma utilitária exercitação nos raios da enlouquecida luz. No cimento. Som. Alto que morde a pele em labareda. E a roda toma o tempo. Fora de tempo. Fora de fim. Na deriva que vertiginosamente cai. Faz-se. Por fim.

1 de abril de 2012

O movimento imperceptível dos olhos revela o que falo da fala de quem diz e fixa a matéria em circuitos canais irrigados como se se fendesse a rosada carne em displicentes, porém arrojadas, fases da lua esvanecida.

O ruído da repetida repetição era o mesmo de sempre entretanto.
Novos mundos, velhos mundos.
A introversão de vez nos castelos.
A medida do consenso em passeio à beira mar.
Flatulências da flor amarga e distante.
Uma em cada e cada mais vez disposto em volta.
Rouco o grito na pele assim.
Como o vento em células do quanto mais baste não chega.

A rarefacção do ar. Exalações. Sãs fibras disto.
Torrente tempo suspenso em silenciosa palestra nos cantos labiais do fogo.
Quanta condição do querer na face voltada.
Olho o esventrado corpo em momentâneo apaziguamento.
Digamos. O silêncio é melhor.

E o mar. No reflectido planalto da luminosidade estranha. Um dia o tempo todo parou na penumbra de uma peça perfeita. E quanto mais me atinge eu mais me esqueço. Das verticais semelhanças que asseveram a paradoxal instauração do conforto. Entenda-se ou não. Facto. O recomeçar a cada dia é feito ao ritmo do sol que se (a)levanta. Outro. A noite é mais dada ao sonho, ou à insónia, nos fumegantes corpos que retardam. Isto são factos. Seria possível, no entanto, outro tipo de notação.

Luminosas arestas expectantes.
Superfícies do silêncio na direcção corrida das palavras.

Em aparente estado de vigília. Não é?
Amassar nas mãos até que tome forma.
Como o pão, no fundo.
A marca do verde a fundo vale
A festiva passagem num olhar de relance.

Os ombros esfacelados.

Marco sinal.
Como o aço.

31 de março de 2012

Raio. Fonte. Luz.
Além teu horizonte o vê como se rasga um céu na palavra nocturna.
Imagens de passagem, nada mais.
Um fio separa o lacónico olhar de serpente cala, revela.
Passa o tempo à visão do crepúsculo.
Colorida cor toma sim do silêncio o melhor qualquer enredo na palavra.
Teu noutras palavras.
Máscaras escorrem dos ressequidos lábios.
Perdido horizonte.
Ao natural poder do sangue cumpra-se esse,
na vida,
ao significar do pormenor em manifesto espelho disso.
A multidão informe. O seu nome. O censo.
Cala-me esta dor das mãos.
Terra da lapidar palavra causa disso.
Edifícios. Logo. E feito.
Em causa de cor sim.
Na ramificada lama da espécie contínua silenciosa.
Terrível matéria!
Simples, sabemos, vai-nos ficando, como num sonho.
Perde-se e faz-se em lei com um ponto de partida.
(Insolente seguinte).
Duma antiga história se comenta, diz-se.
Oitavas acima chegam as invocadas cordas da solenidade ao som das violentas matérias totais como fora o pormenor das ulvas ou se tomasse o vento e ficasse uma paixão, um querer sim. Coisas. O gesto na fala vem qual sentimento perdido que rasga o tanger dos sítios enormes, loucura de uma costa antiga. O agora do mundo jorra em irrelevadas matérias os símbolos da coloração. A luz, entretanto momento, revela a compleição dos vívidos engastes, e o horizonte, em plástico pormenor, fica como a um nada suceder, mais ou menos dia se refaz o percorrer das imagens e não se diz sí.
As linhas dessa flor me não dou de tão coloridas sátiras ao uníssono aparecer quer, e o que quer.

As florestas de sal. As súbitas vagas de um vapor quente.

Possam, as ondas rebatidas, oscilar entre o caos e o caos que acompanha, pois fica perto o despojar da sensação do bem estar de si só que cresce a visão na tangente em matérias do falar de ser o quê?

Sinal indistinto.
A tudo isso é melhor o silêncio.
Por detrás da forma ordena-se em convulsão o grito na casa de estar.

Com soma.

Talvez dobrem por alguém, os sinos.
Ou a raia esconda o prelúdio de qualquer coisa de novo.
Mas nos rastos da sombra da multidão extrema.
No fugaz protagonizar que passa.
Um parecer da imagem vista em festa ao aparecer.
Na parede em sombras putrefactas.

30 de março de 2012

Calo
E não chega
Isto
Em matéria
Densa
Que fica
Nu vem
E sai (como chegasse)
Ao(s) corpo(s).

À passagem de uma estranheza que tudo perpassasse o irreal das coisas chega como o sangue avesso a uma experiência livre e toda a palavra quer-se limpa e solta ao esgotar da noite q’atira em critérios de ilusão como se dessa fonte agarrasse alguma coisa. Um rasgo.
Alquímicamente fútil oculta o ferro na palavra.

Raia o sol as ondas do mar o diz além da traçada cor aberto ao que de si lhe diz respeito.

Sais da terra. Alta lua. Desce. Baixo. E esta?
Onde estaria qualquer imagem antes que aí lhe chegasse?

Conclua-se a libertinagem nos ultra-mistérios do tio, do filho, e da mãe.
Conclua-se o excluído sim.
Libertem-se as amarras da cereja lúbrica ao arredor da frequentação da noite.
Em torpor cego como um cacho bom.
Em Mome do Nome.

29 de março de 2012

Palavras da eterna substanciação do horizonte em calor.
Máscaras que escorrem dos lábios da situação.
Afinal. Que pode fazer. Um outro horizonte perdido.
Além das enredadas palavras do artifício chamado natural poder.
Naturalmente.
Se cumpra em retalhos do pormenor.
O significativo. Espelho.
Arreigado informe em seu nome.
E a gente rendida.
Ao imenso censo atribuído.
Atribuídos.
Cala-me esta dor aprende as mãos.
Ah. As histórias de um efeito. A causa. As cores sombrias. Sim.
Logo lama espécie do sangue em segredo ramificado da guerra e contínua progressão das matérias terríveis, posto o passar bem, bem desapercebido, quer dizer.
É, sabemos, vai-nos ficando, como num sonho.
Teu horizonte.
Vê como rasga o céu
Em nocturnas imagens do choque.
Na passagem do momento
Um fio separa
E agarra
O lacónico olhar que cala.
Passa o tempo.
Os funerários carros coloridos correm na madrugada à visão do crepúsculo.
Como sim tomas.
O silêncio é melhor
Que qualquer enredo na palavra teu.
Qualquer disposição plena de si sai como um fio enternecido em três, em quatro, etc … a restante fica, numa ligeiríssima pressão, no muscular anteposto em extensão coaxial assente ao campo na beira da procuração do sentido, facto das decadências, dos corolários.

28 de março de 2012

A superfície da manhã dispersa em quadro - palavreado - na estranha hora do desencadear distante. Mínima estátua que vai-se e liga ao lugar a lenta procissão do branco erigido em sítio das partituras. Campo opaco. Causa deixada - em palavra - no rasto da multidão baixa ao passar dos olhos num esgar occipital. Assim como um transporte aos umbrais duma idade nova, uma coincidência da palavra, na palavra, à maneira local da pontilhada sombra da palavra.

24 de março de 2012

E só por si esse silêncio nada revela do que é necessário acompanhar da presença de um gesto ou de uma entoação exclamativa ou de um resfolegar se é que me entendo e duvido ainda da inadvertida colocação da frase irrupta em sentido pré-funcional ou utilitário como naquela violência a que polidamente se chama o mágico constranger da acção e gostei dos minutos.
Correspondido e sem convicção do que sendo o que sabendo não sei se saberia onde lhe leva o caminho ao acaso que faz nada de tudo o que é preciso em palavra e corpo e ouça o repente na (h)ora que fica noutro lugar nenhum.
Acetinado fio acetinado.
À emergência do dito em só sentido labirinto fico subitamente eu aqui.
E sinto a falta palavra seca. Adquire (me).
Lentamente.
Ah. Senhora da eternidade idade.(?) Isto igual de quem.
Amanhã.
Agora a co-substanciação da voz diz terra sim se faça loquaz falante o reflexo apesar da dimensão geralmente excessiva do acontecer passado este por esse que apenas adquire póstumo significado portanto inexistente assim se possa dizer que faz-se no dia após dia e não é seja o que seja nada mais e isso sim.
Secreto ouvido vê o indizível guardado bem último círculo em silêncio maior mudo no espaço da preparação do omphalos que desce ao recanto e estende em volta o indício olhar que deixa o ir o mar na fragmentação das ondas fixo à maneira do proceder afeito mínimo das coisas em camada.
As ribeiras correm na calçada arestas que escorrem calçadas, paralelamente. Gotejam cristalinos cristais de uma pureza bucólica, campestre vá. Os corpos engalanados, mais sim, mais não, são como cintilantes semáforos da luxuriante vegetação em calafrio da posse, aguda, ao sonoro chegar da lava escorrida p’las encostas da pele. Eléctrica luz invisível caída nas mãos do manifesto eclético destino. Extáticas fúrias e tributos. A casa de passagem fica sim não, não, assim não. Não concebido, concebível porém.
Na primícia das premissas assim senhor aqui ira o mesmo ao alto em panegíricas da excitação sátira ao proscénio da cor convulsa dramaticamente o dia a um dia o altar do dia que sim não não faz nas absortas retinas as marcas do galanteio sim não não um rubor lívido. Contraditório portanto.
Água Zás. Um corte edificante. Aliás que seja leve.

15 de fevereiro de 2011

Correspondances.

La nature est un temple où de vivants piliers
Laissent parfois sortir de confuses paroles;
L’homme y passe à travers des forêts de symboles
Qui l’observent avec des regards familiers.

Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit et comme la clarté,
Les parfums, les couleurs et les sons se répondent.

Il est des parfums frais comme des chairs d’enfants,
Doux comme les hautebois, verts comme les prairies,
- Et d’autres, corrompus, riches et triomphants,

Ayant l’expansion des choses infinies,
Comme l’ambre, le muse, le benjoin et l’encens,
Qui chantent les transports de l’esprit et des sens.


C. Baudelaire – “ Les Fleurs du Mal”.

12 de fevereiro de 2011

O lugar, ao longe,
troca nos olhos
acesos
a visita da lembrança,
composição de fundo.

28 de janeiro de 2011

“ O contraponto pode ser um problema extraordinariamente difícil para um compositor; nomeadamente, o problema: que atitude deverei adoptar, dadas as minhas inclinações, relativamente ao contraponto? Ele pode ter descoberto uma atitude convencionalmente aceitável e, contudo, sentir ainda que esta não é, propriamente, a sua. Que não é claro o que o contraponto devia para ele significar. (Estava a pensar, a este respeito, em Schubert; no facto de ele querer ter lições de contraponto já perto do fim da sua vida. Penso que a sua intenção pode ter sido, não tanto aprender mais um contraponto, mas determinar as suas relações com ele.)”

L. Wittgenstein; “Cultura e Valor” – ed. 70
Aos primeiros raios do mundo sorriu-se o suceder das representações suas no breve instante dos campos dessa densa opacidade - como num ápice retirara do olhar o tom e a voz e a sua presença opaca, fechada, desterrada ao tempo dessa vi®agem que marcara o desvio em presença das sombras, ao cair o aterro.

22 de janeiro de 2011

O campal apelo das bandeiras chega-se um dia vazio ao peso da pretérita palavra dos descarnados ossos, enterrados,
salta um fio
das sombras
e no olhar cai
se suspenso
em vertical
“preenchido”.
Cinzas sombras discretas
Tal fruto das palavras
Num fecho original dos acordes
Ao Olhar nada como algo
Dos horizontes diz Se basta
Qual quais Predicadas avenidas.

19 de janeiro de 2011

“(…) Estas ideias-limite não têm aqui outra função senão a de fazer compreender por contraste a condição duma vontade recíproca dum involuntário. Não constituem ainda um exceder da subjectividade, pertencem, ainda, à descrição da subjectividade. Uma verdadeira Transcendência é mais que uma ideia-limite, é uma “presença” que inaugura um verdadeiro desordenamento na teoria da subjectividade, introduz uma dimensão radicalmente nova, a dimensão “poética”.”

P.Ricouer; Philosophie de la volonté – (trad. livre)
Apenas o tocado instante fere - como fora um regresso ascendente em significação dos instantes sucedidos – “o” veículo. Ferido instante.
O instantâneo será, então, o composto momento instante que fere o inferido da composição do instante. No instante e em composição, propriamente.
Como fora uma relação a algo, a um momento fundador, quer dizer, o “termo” da sucessão dos instantâneos.
O instante não é inferido da composição o “instante” é inferido e desencadeia … e o que se infere do instante terá, a ver, com um certo tipo de atenção ou “empatia” … não sei, (sorrido), é, de facto, uma ligação remota, primitiva.
Como vê-se a posição da coisa ou vê-se a coisa da sua posição através dos olhos do instante e do daí desencadeado movimento em descrição da discrição da coisa.
Em olhar desse instante (in)ferido ao desencadear do “narrativo” movimento da coisa.
Enfim, talvez fosse como uma pista deixada, um desenho ou uma configuração da resultante acção, um olhar da coisa mas mais, impenetrável daqui, como um entrado reflexo.
Suspende-se a coisa
do inferido instante
em desencadeado movimento
da configuração das coisas,
e as sombras no olhar
dizem reflexo
do que diz-se … como num infinito...

18 de janeiro de 2011

Seria como um
qualquer dia que se abrisse,
breve, ao relento
das visibilidades estranhas
… mais agora o começar e já chega.

15 de janeiro de 2011

“Segundo o Sr. Wittgenstein não existe nenhum processo que permita descrever a totalidade das coisas que podem ter nomes, por outras palavras, a totalidade do que existe no mundo. Para se ser capaz de o fazer ter-se-ia de conhecer uma propriedade que todas as coisas tivessem por necessidade lógica. Procurou encontrar-se esta propriedade na auto identidade, mas o conceito de identidade é objecto de uma crítica de Wittgenstein da qual não parece haver saída possível.”

B. Russel – (prefácio ao Tratado Lógico Filosófico de L.Wittgenstein) – Gulbenkian.

8 de janeiro de 2011

Logo é outra coisa, palavras soltas nisto ou naquilo com que se entretece o tédio que chama baixinho e distante, enfim, seria apenas uma maneira simples de apresentar o problema - qual aplicação de barreira sonora, embala, enfim.
Uma linha ao (não) suceder dos instantes possíveis - em substância.

7 de janeiro de 2011

O (imóvel) tornar veloz do olhar tolhe o silêncio e passa como atrito da borracha no asfalto húmido como qualquer coisa que chegasse em continuado suspenso da limiar tensão na brecha dos encantos mudados em qualquer coisa - de novo - da colorida maneira em que se põe e se diz e se chega a um quase choque das abertas paisagens duma indicada escolha que aterra aos lados do silêncio das chamadas “vãs” do sentido.
Chega-te os dias plácido como o verão.
Sim no labiríntico sonho
E prenhe como fora a multidão cega
Perfilada antes de qualquer.
Como a “necessária” condução do possível ponto.
Em linhas de perfuração
Dos frágeis cuidados do som ténue.
Lapida-se depois. Seco como os ramos que caem.
Inatingíveis como o tempo que passa.
Tão longe.
Seguira nos próximos momentos o percorrer das calçadas vazias.
Cheias. Como chegasse.

1 de janeiro de 2011

Sonho em elipse.
Um rumo ao acaso.
E os lagos em lugar da rosa.